Garoto de 18 anos pouco atuou em torneio de juniores, ganhou vaga no Estadual da categoria e surpreendeu com faro de gol no time profissional
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Thalles sorri em sua primeira coletiva de imprensa em São Januário (Foto: Raphael Zarko)
Não chega a parecer marra, mas a autoconfiança do garoto Thalles em seus poucos momentos no profissional do Vasco chamam a atenção. Logo na estreia como titular - no jogo de volta das quartas de final da Copa do Brasil contra o Goiás -, o jogador ignorou Juninho aos berros pedindo a bola na direita e colocou bonito no ângulo. Thalles jura que não viu o Reizinho ao seu lado. Na sua primeira coletiva de imprensa em São Januário, o jovem de 18 anos - mais jovem titular de ataque revelado em casa desde Alex Teixeira em 2008 - não tem medo de se queimar nesta fase complicada do Vasco. Tampouco tem medo da responsabilidade de fazer gols.- Um momento desse a gente tem que estar com a cabeça boa. Sempre acompanhei os jogos do Vasco de fora, vinha trabalhando forte e acho que tenho talento para corresponder - diz o garoto, deixando a modéstia um pouco de lado.
A trajetória de Thalles em 2013 é cheia de altos e baixos, como ele mesmo lembrou. O garoto, então com 17 anos, começou o ano na reserva do time de juniores que foi disputar a Taça São Paulo, principal torneio da categoria no país. Quando voltou para o Estadual, o técnico Sorato o deu oportunidade entre os titulares. E na Taça Belo Horizonte veio o título e as boas atuações que o fizeram retornar para o profissional. Promovido em abril, pouco depois da chegada de Paulo Autuori, Thalles já impressionava o ex-treinador pela potência nos chutes e a forças nas arrancadas. A primeira chance só veio com Dorival, após lesões de Edmilson, Tenorio e sem poder contar com o atacante André. O garoto fez sua estreia na derrota por 3 a 2 contra o Criciúma, em Criciúma, depois entrou bem contra o Botafogo (2 a 2), até ganhar a chance de sair titular contra o Goiás. Com dois gols em menos de 20 minutos, Thalles virou xodó da torcida. E recebeu os cumprimentos de Juninho, que não recebeu a bola no segundo gol do garoto.
- Depois ele veio falar comigo, disse que eu fiz o certo. Só mais tarde quando revi o gol que percebi que ele estava sozinho, mas ele me apoiou - diz, aos risos, o atacante.
Yotún e Thalles no treino: garoto é a esperança de gols do time para os últimos dois jogos (Foto: Raphael Zarko)
Lançado em meio à luta contra o rebaixamento, Thalles agradece o apoio que recebeu de outros jogadores mais experientes do grupo. O atacante Edmilson é um dos que mais o elogia. Às voltas com apelidos que a torcida inventa para celebrar a nova revelação vascaína, Thalles prefere ser chamado apenas pelo nome. Nada de Balothalles, Thalismã ou Thalles Dinamite.- Thalles mesmo já está bom. Mas como quiserem me chamar já está bem-vindo - afirma ele, que relembra a montanha-russa que viveu em 2013.
- Foi um ano de momentos bons e ruins. Antes fui banco até nos juniores, na Taça São Paulo, mas de volta ao Rio o professor Sorato me deu oportunidade de jogar o Carioca e fui bem. Ali sinto que começou minha nova história no Vasco. Comecei a me dedicar muito mais e graças a Deus cheguei aonde estou.
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