VASCO DA GAMA

TITULOS: 1COPA DO BRASIL,1 COPA LIBERTADORES DA AMERICAS ,4 BRASILEIROS ,1 COPA MERCOSUL ,1 BRASILEIRO SERIE B ,3 TORNEIROS RIO SAO PAULO ,22 CAMPEONATOS CARIOCA Fundado em 21 de agosto de 1898, o Vasco ganhou este nome em homenagem ao navegador português cuja viagem de descoberta do caminho para as Índias completava quatro séculos naquele ano. Seus criadores eram jovens remadores e em algum tempo o clube se tornou competitivo nas regatas. Em 1915 chegou aos gramados. Fundado em 21 de agosto de 1898, o Vasco ganhou este nome em homenagem ao navegador português cuja viagem de descoberta do caminho para as Índias completava quatro séculos naquele ano. Seus criadores eram jovens remadores e em algum tempo o clube se tornou competitivo nas regatas. Em 1915 chegou aos gramados.

terça-feira, 28 de maio de 2013

Classificado, Vasco/Tamoyo enfrenta lanterna para cumprir tabela

Vindo de derrota diante da rival ADDP/Cabo Frio na última rodada, equipe quer voltar a vencer para entrar embalada na fase semifinal: 'Nosso dever'

Por GLOBOESPORTE.COM Cabo Frio, RJ
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Lucas Tardelli, jogador do Vasco/Tamoyo (Foto: Léo Borges/FutsalRio)O ala Lucas Tardelli está confirmado para o duelo
desta terça-feira (Foto: Léo Borges/FutsalRio)
Com vaga garantida nas semifinais do Campeonato Carioca de futsal, o Vasco/Tamoyo entra em quadra nesta terça-feira, no Ginásio Alfredo Barreto, para enfrentar o Comary/Teresópolis, lanterna da competição, mas que ainda briga para avançar à próxima fase. Depois de ser derrotada para a maior rival ADDP/Cabo Frio, na última rodada, a equipe cruzmaltina promete jogar com força máxima, apesar de estar cumprindo tabela.
- Vamos entrar para ganhar como fazemos em todas as partidas. Precisamos melhorar algumas coisas para chegar bem nas fases finais da competição. A equipe do Teresópolis é uma equipe qualificada, mas é nosso dever ganhar e principalmente melhorar o nosso futsal - disse o ala Lucas Tardelli, que estreou contra a ADDP e está confirmado para o duelo desta terça.
Além de Tardelli, Alfredinho também está de volta. O fixo estava suspenso há quatro jogos por uma expulsão ainda no primeiro turno. Por outro lado, o técnico Wagner Cabeça não terá Thiago Campos e Rafinha, suspensos pelo terceiro cartão amarelo.
O Vasco/Tamoyo é o vice-líder do Carioca, com 13 pontos. A líder é a ADDP/Cabo Frio, com 19. Ambos já estão classificados para as semifinais. As outras duas vagas serão disputadas por América, Botafogo/Casa de España e Comary/Teresópolis, com seis, seis e três pontos, respectivamente.
Cabeça destacou a importância das últimas partidas, embora já esteja classificado.
- Essas duas últimas partidas desta fase são importantes para voltarmos a vencer e retomar a confiança do começo da competição. Nossos treinamentos tem sido bons e as conversas já surtiram efeito. Agora é colocar em prática no jogo - concluiu o treinador.
Vasco/Tamoyo e Comary/Teresópolis se enfrentam às 20h, com entrada franca.

Último jogo no Morumbi marcou despedida de Fagner e Diego Souza..Lateral fez o gol da vitória vascaína e mantinha o time na luta pelo título Brasileiro na época, antes do desmanche: 'Não sabia que era o último jogo'

Por Raphael Zarko Rio de Janeiro
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 A partida do dia 18 de julho do ano passado, contra o São Paulo, adversário desta quarta-feira no Morumbi, não foi marcante apenas para Fagner e Diego Souza, que faziam o último jogo com a camisa do Vasco, na 10ª rodada do Brasileiro do ano passado. Foi também um divisor de águas para a torcida, que viu o time sair aos poucos da briga pela liderança com o Atlético-MG e a continuação de um desmanche de elenco que começou com as vendas de Rômulo e Allan.
Naquela noite do Morumbi, que volta a receber o clássico que decidiu o Brasileiro de 1989 (vitória dos vascaínos por 1 a 0) nesta quarta-feira, Fagner fez o gol e deu os três pontos ao Vasco. Com 23 pontos, o time estava a apenas dois do Galo e seguia firme para disputar o título. Em 10 rodadas, a média de pontuação era de 2,3 pontos por jogo. Nas 28 rodadas até o fim do Brasileiro, a média caiu para apenas 0,7 pontos por partida, o que deixou o time, no fim da tabela, 17 pontos de distância do campeão Fluminense, apesar da quinta colocação.
De férias em São Paulo, Fagner lembra daquele jogo com carinho, até porque ele não sabia que era o último dele pelo clube. A negociação com Wolfsburg, da Alemanha, aconteceu muito rapidamente e o pegou de surpresa. Em São Januário desde 2009, a proposta o balançou e o fez tomar a decisão logo.
- Por incrível que pareça, não sabia que aquele era meu último jogo. Quando chegou a proposta já estava tudo certo entre os dois clubes e coube a mim apenas dar a palavra final. E era muito boa a proposta para minha família, para mim. Saí do Vasco muito feliz, porque tive a certeza de missão cumprida. Fomos campeões da Copa do Brasil e, de maneira geral, foi uma passagem vitoriosa. Aquela partida, então, foi especial, pela vitória, pelo meu gol e por ser o último jogo pelo Vasco - recorda o jogador, que dedicou o gol ao filho Henrique.
Fagner Wolfsburg jogo Bayern de Munique (Foto: EFE)Fagner, com a camisa do Wolfsburg, enfrenta o Bayern de Munique pela Copa da Alemanha (Foto: EFE)
Fagner recorda que o ex-diretor de futebol do Vasco Daniel Freitas chegou a procurá-lo para saber se havia chance da sua permanência, apesar de já estar tudo acertado. Ele o sondava a mando do presidente Roberto Dinamite.
- Depois de tudo acertado, o Daniel veio falar comigo, mas minha decisão já tinha sido tomada - explica o jogador, que respondeu dessa maneira quando questionado se havia sido procurado anteriormente para renovar o contrato.
- O meu empresário, o Carlos Leite, chegou a procurar o Vasco no início de 2012, mas preferiram esperar para ver o que ia acontecer. Não houve uma procura para renovação, não - admite o lateral.
De vida nova, Fagner fez 30 jogos na Alemanha com o Wolfsburg, que terminou em 11º o Campeonato Alemão e foi eliminado nas semifinais na Copa da Alemanha. Gol ainda não saiu, mas ele considera que a passagem pelo futebol europeu - contrato com o time alemão vai até 2016 - pode fazer com que recupere um espaço que achou estar bem próximo de conquistar: uma vaga na seleção brasileira. Fagner esteve entre os pré-convocados de Mano Menezes, ficando de fora apenas na última convocação para as Olimpíadas de Londres.
- Tinha expectativa de ser convocado. Teve o primeiro corte, dos 60 convocados, depois dos 40, e eu estava dentro. Aí na última não entrei. Senti um pouco claro, até porque todos diziam que eu estava muito bem cotado, que eu merecia. Mas depois absorvi isso e segui trabalhando - diz o jogador.
No fim do Campeonato Alemão, Fagner chegou a jogar mais adiantado em dois jogos. Para ele, mais um aprendizado de todos que o jogador e a família passam na Alemanha.
- O futebol e a cultura são muito diferentes do que tinha passado na Holanda (Fagner saiu cedo do Corinthians para o PSV-Eindhoven). A minha esposa também veio morar fora do Brasil a primeira vez, tem o meu filho também, então os primeiros seis meses foram bem difíceis. Mas o aprendizado é muito grande aqui, de jogar contra equipes como o Bayern de Munique, o Borussia Dortmund, outros grandes clubes. Tenho certeza que isso ajuda muito na evolução do meu futebol - aposta Fagner.
São Paulo e Vasco se enfrentam nesta quarta-feira, no Morumbi, às 19h30, pela segunda rodada do Brasileiro de 2013. Os dois times venceram o primeiro jogo na competição

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Vasco acerta o empréstimo do atacante André, do Santos Internamente, clubes dão negócio como fechado. Após o fim do Paulistão, jogador vai assinar até o fim do ano com o Cruz-Maltino nesta semana

Por Marcelo Hazan e Raphael Zarko Rio de Janeiro e Santos, SP

Com o fim do Campeonato Paulista, neste domingo, o atacante André vai mudar de ares. O jogador, que foi vice-campeão com o Santos, já tem acertado seu empréstimo para o Vasco. Internamente, as diretorias dos dois clubes tratam o acordo como selado. O anúncio oficial deve ser feito ainda no início desta semana, possivelmente a tempo de inscrevê-lo para a estreia no Brasileirão, sábado, contra a Portuguesa, em São Januário.
O jogador vai assinar contrato com o Vasco até o fim do ano. Dono de 75% dos direitos econômicos, o Atlético-MG havia emprestado o jogador ao Peixe, que mantém seus 25%, também até o fim de 2013. O desempenho, entretanto, não agradou ao clube paulista, que vai oficializar nos próximos dias as contratações dos também atacantes Henrique, que estava no Mogi Mirim, e Willian José, do Grêmio. O Santos avalia que vai gastar menos com os salários dos novos contratados do que pagava somente por André.
André santos corinthians paulistão (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)André fez na final do Paulistão sua última partida pelo Peixe (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
Para o Vasco, a chegada do atacante é encarada como reforço importante para o restante da temporada. O setor tem no momento como titulares Tenorio, que tem feito gols, mas conta com histórico de lesões, e Eder Luis, que não atravessa boa fase. Além deles, Edmílson, que chegou recentemente do futebol japonês, Leonardo, que passou praticamente todo o semestre machucado, e Thiaguinho compõem o banco. André anotou seis gols na atual edição do Paulistão. O artilheiro foi William, da Ponte Preta, com 13 gols marcados.
Vasco tem mais nomes encaminhados
Nesta terça-feira, o diretor de futebol vascaíno, René Simões, tem reunião marcada com a diretoria do Cruzeiro. Os clubes devem definir quais e quantos jogadores do time mineiro serão emprestados, ainda pela negociação de venda do zagueiro Dedé para o vice-campeão de Minas Gerais. O nome do atacante Wellington Paulista está entre os mais cotados, já que teve a aprovação do técnico Paulo Autuori. Mas há um problema: a janela de transferências faria com que o jogador só pudesse atuar pelo Vasco em agosto (ele retornaria de passagem por empréstimo ao West Ham, da Inglaterra). Do acordo podem sair de um a quatro atletas.
Para a zaga, setor no qual o clube só conta com três jogadores atualmente (Renato Silva, Luan e Jomar), o Vasco deve fechar com o zagueiro Rafael Vaz, campeão cearense pelo Ceará. O time do Nordeste pedia uma compensação financeira de cerca de R$ 500 mil, enquanto os cariocas tentavam incluir jogadores na transação. Apesar do imbróglio quanto à forma do negócio, a diretoria do Vasco deve anunciar a contratação do zagueiro esta semana.

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Empresário vê chances de Rafael Vaz no Vasco: 'Jogador tem interesse'Reinaldo Pitta afirma que, por respeito ao Ceará, negociação será retomada apenas após o estadua, na próxima segunda-feira

Por Gustavo Rotstein Rio de Janeiro
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Rafael Vaz pede 'pé no chão' à equipe do Ceará na Copa do Nordeste (Foto: Divulgação / CearaSC.com)Rafael Vaz está perto do Vasco
(Foto: Divulgação / CearaSC.com)
No Vasco existe a recusa em falar no nome de Rafael Vaz. No Ceará, o discurso é de que será necessária uma compensação financeira  para que o negócio seja concretizado. Já o empresário admite que dificilmente o zagueiro deixará de desembarcar em São Januário após a disputa da final do Campeonato Cearense. Ele deixa claro que as negociações estão paradas. Mas têm data para recomeçar.
- O jogador tem interesse em ir para o Vasco e eu também tenho interesse de que ele vá para o Vasco. Mas acima disso tudo está o respeito ao Ceará, que se encontra envolvido numa decisão. Então, vou conversar sobre isso somente a partir da próxima segunda-feira - afirmou Reinaldo Pitta, representante de Rafael Vaz.
O Ceará começa nesta quarta-feira a decidir o Campeonato Cearense fora de casa, contra o Guarany de Sobral. O jogo de volta será no domingo, no Castelão.
- Essa conversa vai acontecer antes de segunda se, por acaso, o Ceará vencer por 4 a 0 no primeiro jogo. Mas ainda não tem nada acertado e o jogador não tem qualquer contrato assinado com o Vasco - disse Pitta.
O técnico Paulo Autuori já havia falado do interesse do Vasco em Rafael Vaz. Mas desde então a diretoria cruz-maltina vem se resguardando, já que existe a concorrência de outros clubes. O Ceará admite negociar o zagueiro, mas de acordo com o presidente, apenas com o pagamento de multa.

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Autuori trabalha quieto, mas garante: 'Haverá contratações de impacto' Com pés no chão, técnico diz que teria vergonha de mascarar a realidade: 'Se eu disser que vamos lutar por titulo, estou sendo um tremendo fanfarrão'

Por Gustavo Rotstein e Raphael Zarko Rio de Janeiro
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Um dos primeiros trabalhos de Paulo Autuori como treinador foi em Portugal. Incentivado por Marinho Peres, de quem foi auxiliar alguns anos, ele tinha a missão de levar o Nacional da Ilha da Madeira para a Primeira Divisão. A intenção era chegar à elite portuguesa no segundo ano. Mas logo no primeiro campeonato o objetivo foi alcançado. No Vasco, num momento em que fala tanto da distância entre realidade e possibilidade, a lembrança dos tempos em Portugual não vem à toa. Em São Januário, Autuori trabalha com investimento de time modesto, como era o caso do clube da Ilha da Madeira. Mas a responsabilidade é do tamanho da história e do peso do Vasco. O que não lhe dá a ilusão de que, caso os resultados não aconteçam, estará imune a críticas da torcida, que hoje praticamente o idolatra.
Paulo Autuori Vasco (Foto: Gustavo Rotstein)Paulo Autuori diz que encontrou o Vasco numa situação melhor do que esperava (Foto: Gustavo Rotstein)
Torcedor do Vasco na infância, Paulo lembrou do time de Andrada, de 1970, que encerrou longo período sem títulos do clube (de 1958 até o Estadual conquistado pelos comandados de Elba de Pádua Lima, o Tim, somente um Rio-São Paulo em 1966). Considerado "velho cedo demais" já na adolescência, Autuori lembra na entrevista ao GLOBOESPORTE.COM que, na época de jovem vascaíno, reconhecia que havia times melhores do que aquele pelo qual torcia e que a paixão nunca o cegou. É a lucidez que bate a porta ao traçar metas e objetivos do elenco que tem em mãos atualmente.
- Se neste momento eu disser que vamos lutar por título, estou sendo um tremendo fanfarrão - diz Paulo Autuori.
Confira abaixo a íntegra da entrevista com o técnico do Vasco.
GLOBOESPORTE.COM: Você não falou muito suas lembranças como torcedor do Vasco e sempre disse que isso não foi importante para a chegada a São Januário. Mas você tem lembranças de torcedor, de times, de jogos?
Paulo Autuori: Eu tenho, claro. Mas, como já disse, primeiro que não foi essa situação que me fez vir para o Vasco. Sempre procurei separar, detesto comparações. Cada instituição tem sua particularidade, sua identidade, uma história vitoriosa. E, quando se trabalha em outro clube, se fazem várias amizades, passa a gostar do clube. Fiz amizades em todos os lugares. Mas eu gostava muito de ir aos jogos, pela ligação que sempre tive com futebol. Ia mais na infância do que na adolescência. Tive uma adolescência curta, comecei a trabalhar muito cedo. Mas lembro bem do Campeonato Carioca de 1970. E, quando falo de Elba de Pádua Lima (o técnico Tim), é por isso. Lembro a maneira como foi, que não era a melhor equipe, mas tinha jogadores importantes. Lembro muito do (goleiro) Andrada, do Batuta, do Silva (atacante). Vim várias vezes a São Januário, ia ao Maracanã, eu gostava muito de futebol. Tinha como objetivo estar ligado primeiramente como praticante, mas perdi essa possibilidade por causa do problema na perna (aos 16 anos, Autuori descobriu que tinha poliomielite). Depois segui como torcedor, sempre gostando muito do clube, sempre com certa lucidez, sem deixar a paixão cegar.
Virei Vasco, porquem dizem, dizem, que tinha uma senhora que vivia conosco, que eu chamava de tia, uma cearense, ela era vascaína. E dizem que foi ela que me desvirtuou (risos). A família praticamente toda era flamenguista."
Paulo Autuori
Mas a sua mãe é flamenguista, né?
A família inteira. Não só pais, irmãos, mas parentes, tios, primos, todos rubro-negros.
E como você virou Vasco?
Virei Vasco, porquem dizem, dizem, que tinha uma senhora que vivia conosco, que eu chamava de tia, uma cearense, ela era vascaína. E dizem que foi ela que me desvirtuou (risos). A família praticamente toda era flamenguista.
E quando voltou, depois de tantos anos, agora como profissional do Vasco, passaram pela cabeça as lembranças de infância?
Sim, sim, me lembrei de muitas coisas. Até pelo tempo de carreira, essas coisas, essas lembranças vão se diluindo, mas lembrei de algumas coisas, sim.
Esse seu jeito enfático, firme, sério, isso vem desde garoto?
É, sempre tive isso. Diziam: "Pô, esse esse cara parece velho já desde cedo" (risos). Mas isso vem também da educação dos meus pais e do meu tipo de personalidade, que é uma coisa inata, mas aquele período (da doença) também foi determinante na minha vida, para a formação do meu caráter, da minha personalidade.
Desde sua chegada que você rebate o protagonismo de técnicos. Mas a torcida o coloca, hoje, praticamente como ídolo, como esperança de o Vasco escapar do rebaixamento e se sair bem no Brasileiro. Sente-se um pouco ídolo?
De maneira nenhuma, nem um pouco. Você fala de esperança, mas aí vai, você perde jogos, não consegue fazer as coisas e pronto, vai ser linchado como qualquer outro. Quando, em 1995, o Antônio Rodrigues (dirigente à época do Botafogo) me proporcionou a oportunidade, ali sim eu deveria estar preocupado. Porque fui motivo de chacota quando cheguei e ainda assim não tive nenhuma dificuldade. Quando comecei a trabalhar, escutei de jogador: "Pô, papo legal e tal, mas no futebol é difícil pessoas assim vingarem". Eu dizia que esse era meu desafio, se não for assim eu paro, saio. Nenhum título que eu possa ganhar vai me tirar essa ideia de que somos importantes, sim, na organização, nas coisas, mas protagonismo é de jogador e torcedor. O ponto é esse. Tomo as posições e não estou falando isso no melhor time do mundo. Estou falando em situação difícil, num time que todo mundo acha que vai lutar para não cair. Nenhum resultado positivo ou negativo vai mudar o que penso. Vou completar 38 anos envolvido no futebol. Passei por várias situações. Fui preparador, assistente, técnico de outras categorias, não caí de paraquedas em lugar nenhum. Não saí daqui para dirigir seleção. Dirigi clube e fui alçado a uma seleção. Então, se amanhã ou depois exercer outra função, estarei preparado.
De maneira nenhuma (me sinto ídolo), nem um pouco. Você fala de esperança, mas aí vai, você perde jogos, não consegue fazer as coisas e pronto, vai ser linchado como qualquer outro"
É algo natural para você, se tornar um diretor, um dirigente?
Sim, amanhã posso vir a trabalhar em cargo diretivo e vai ser de maneira natural. Agora, não estabeleço: "Ah, aqui vai ser o meu deadline". As coisas vão acontecer com naturalidade. Por isso que vão se tornar sólidas. Não houve retrocesso. E não digo em relação a resultados e títulos, mas em coisas do que penso do futebol. Sou um cara que pensa o futebol, como muitos outros. Não é a coisa de entra no campo, trabalha mecanicamente, luta para ter bom resultado, quer ganhar e o outro que se dane. Tenho vergonha às vezes de acontecer alguma coisa no jogo, o resultado ser ruim e tentar tirar o foco do resultado. Não é a realidade, me sinto envergonhado. Se a realidade está tão clara, se a gente perdeu por isso, como vou mascarar? Sempre preservando os grupos com os quais eu trabalho, mas não posso fazer isso.
Você trabalhou em diferentes países, com culturas diferentes, culturas de futebol diferentes, também em diferentes clubes, de tamanhos diferentes. O que te proporcionou tudo isso, o que absorveu para utilizar em cada novo trabalho?
Um dos motivos pelos quais eu quis sair do Brasil era essa oportunidade. Acho importante isso. Quando se convive com realidades tão diferentes, você pode se aprofundar nelas. Uma coisa é você ler, outra é conviver. Para isso, você vai desenvolver sua tolerância. Muitas vezes os profissionais brasileiros não conseguem, sentem falta disso, daquilo. Sempre pensei em atingir objetivos nesses lugares. Prefiro dizer isso (objetivos) a dizer ganhar títulos. Fiz um trabalho na Ilha da Madeira que, para mim, foi mais difícil do que ganhar títulos. O Nacional, no meu primeiro ano de trabalho como treinador, nunca tinha estado na Primeira Divisão. Eles me convidaram para um projeto de dois anos. Subimos já no primeiro ano. No Marítimo, eles nunca tinham disputado uma competição europeia, nunca tinha chegado à final da Taça de Portugal. E conseguimos duas vezes seguidas chegar à competição europeia e fomos à final na Taça de Portugual. Isso é título, é objetivo conquistado. Um clube que não tem condições de ganhar títulos, mas tem objetivos a atingir. Quando ponho no meu currículo, ponho objetivos conquistados, não ponho títulos. Acho normal que as pessoas valorizem títulos. Mas dentro dessa situação, se conseguir em realidades diferentes atingir objetivos, me adaptar, é sinal de que estou preparado para me adequar a diferentes realidades. Isso tudo te traz muita segurança.
Falando em objetivos, quais são os seus no Vasco para este ano?
Posso dizer que estamos trabalhando quietinhos. O grupo está trabalhando muito bem, estamos criando um modelo de jogo muito claro. Os próprios jogadores no fim do treino falam isso. Mas uma coisa é treino, a outra é jogo, que é quando entra o emocional. Mas temos que ter um modelo de jogo bem claro, e acho que vamos conseguir isso rapidamente no Brasileiro. Se é suficiente para ganhar jogos, não posso dizer, porque o futebol não permite isso. Um clube como o Vasco sempre deve pensar em título. Mas pensar é uma coisa, como chegar é outra. Neste momento, se eu disser que vamos lutar por titulo, eu estou sendo um tremendo fanfarrão. Agora, a gente pode conseguir coisas, algumas coisas. No futebol nunca se sabe o que vai acontecer.
Paulo Autuori Vasco (Foto: Gustavo Rotstein)Autuori trabalha pela primeira vez em seu clube de
infância (Foto: Gustavo Rotstein)
Como pretende alcançar esses objetivos no Vasco?
O importante é estar preparado. Preparado para ter estratégia. Temos que saber lidar com o cenário positivo e o negativo. Se o negativo chegar, temos que saber passar por ele com palavras e atitudes. Para isso, vamos nos preparar para os dois cenários. Vamos fazer um grupo bem competitivo. Isso de "ah, vou ser campeão"? É muito fácil dizer isso, qualquer profissional quer ganhar títulos. Ambição não se mede através de palavras, é pelas atitudes. Você não precisa dizer que é vitorioso, sua história mostra se você é ou não. Posso dizer que estou muito feliz aqui, muito feliz com os treinos, sempre sabendo de todas as dificuldades. Agora, para mim, é fácil falar em termos de jogador. Eu não falo no protagonismo de jogador? Então dependemos da qualidade do jogador. Não tem como pensar diferente disso. Quando você trabalha com grupo limitado, você vai até um ponto, mas para dar um salto de qualidade, só com jogador. Mas, para isso, para dar um salto, é preciso chegar até o limite. Porque também é cômodo o treinador dizer: "Ah, preciso de um 10, de um 8, de um 9", ficar esperando os caras chegarem e enquanto isso não faz nada. Preciso do jogador, mas estou trabalhando com tudo aqui e, quando chegarem, vão entrar na base já organizada.
No Carioca, os jogadores saíam das partidas e falavam que o time precisava de personalidade. Você mesmo, quando chegou e agora, fala em trazer jogadores com força mental. Essa é a principal fraqueza do Vasco hoje?
Quando cheguei, encontrei um astral muito baixo. Por isso estou dizendo, não somos coitadinhos nada. Eu me recuso terminantemente a aceitar isso. Estamos num clube vitorioso, que mesmo com todas as dificuldades é o Vasco da Gama. Falei para os jogadores, todos sabem disso. Foram eles que sofreram, jogadores, funcionários, até reuni todos para agradecer a boa vontade. Mas é o seguinte: o astral tem que estar lá em cima. E eu vou exigir coisas boas, lugares bons pra trabalhar, hotéis, campos para treinar. Coisa de clube do nível que é o Vasco.
Quando cheguei, encontrei um astral muito baixo. Por isso estou dizendo, não somos coitadinhos nada. Me recuso terminantemente a aceitar isso. Estamos num clube vitorioso, que mesmo com todas as dificuldades é o Vasco da Gama. Falei para os jogadores, todos sabem disso"
Com a situação financeira, como tratar de reforços do nível do Vasco? Muito se falou em Helton, que seria uma referência técnica, de representatividade para a torcida...
Helton reúne qualidade, experiência e é um ídolo da torcida do Vasco. Neste momento, a vinda dele seria espetacular. Mas conheço bem como se trabalha em Portugal e como trabalha o Porto. O simples fato de isso ser colocado publicamente já complica tudo. Essas são situações que deverão ficar muito claras no Vasco. É a maneira como as coisas devem ser expostas publicamente: momento, lugar e as pessoas envolvidas. Tudo é estratégia. Privacidade é fundamental. Quando você faz as coisas, elas devem ser impactantes. Quando se começa a falar, falar, vulgariza. Aí, quando a coisa acontece, já nem dão valor. O Porto trabalha dessa maneira. Não se trata de mistério. É fechar a situação e, quando acertar, apresenta. Isso é bom para todo mundo. Essa é uma mensagem em termos gerais para o nosso futebol. Vamos trabalhar muito para isso, mas infelizmente existem pessoas que querem ser apenas simpáticas. Isso em todo o futebol, não só no Vasco. Eu tenho que respeitar o trabalho da imprensa, mas em alguns momentos não se pode abrir. Se não estiver definido, fica difícil. Contabiliza como derrota sem necessidade. Isso se chama estratégia, sou um pouco obsessivo com isso. É algo importante na vida profissional e pessoal.
Recentemente, o René Simões falou que você pediu o Conca, que está na China. Também foi falado em outro argentino, o Aimar. É possível pensar neles?
Falar nomes para mim, como técnico, é facil. Mas eu preciso trabalhar em parceria com o clube. Não posso falar algo que não é real só para mostrar às pessoas ou passar uma imagem. Não suporto isso. Aceitei trabalhar aqui dessa maneira e vamos trabalhar dentro dessa realidade. O que não vou admitir é iludir as pessoas, criar falsas expectativas. Vou ficar envergonhado se falar alguma coisa e não puder minimamente cumprir. Uma coisa são nomes sonantes. Outra coisa são grandes nomes que possam realmente vir. Jogadores de qualidade custam. Se tiver dentro das nossas possibilidades, vou ficar satisfeito se o clube puder trazer esse tipo de jogador.
O Vasco tem dívidas importantes com o Benfica por Eder Luis e Fellipe Bastos e também deve aos empresários do Tenorio. O que foi passado com relação a isso?
Falar nomes para mim, como técnico, é facil. Mas eu preciso trabalhar em parceria com o clube. Não posso falar algo que não é real só para mostrar às pessoas ou passar uma imagem. Não suporto isso. Aceitei trabalhar aqui dessa maneira e vamos trabalhar dentro dessa realidade. O que não vou admitir é iludir as pessoas, criar falsas expectativas"
Não trabalho para mim, trabalho para o clube. Se eu trabalho para o clube, tenho que trabalhar em parceria com os outros departamentos. Vou chegar aqui e dizer que quero Fulano e Siclano. Vão dizer que o cara é exigente. É plausível? É esse tipo de coisa que não aceito no mundo do futebol. Por exemplo, se você tem uma equipe estruturada, pode buscar um jogador na Conchinchina, que ninguém conhece, traz ele na caladinha, deixa treinando. Na situação em que nós estamos hoje, se você traz um jogador da Conchinchina, ele vai chegar com a responsabilidade de resolver. Vai ser a grande contratação. Aí você perde, queima o jogador com uma facilidade grande. Tem que ter cuidado. Vou fazer  isso não com palavras, mas com atitudes. Essa é uma mensagem clara para muitos empresários, que fazem o trabalho deles, mas se aproveitam da situação e ficam inventando. Aqui, ou vai ser dentro do perfil que a gente quer... Se não entrar, vou apostar na base, não tenho a menor dúvida disso. Não tem chance de trazermos jogadores com dúvidas. Pode ser que não dê certo, mas passou pelo crivo dos três envolvidos, o que na minha perspectiva cria uma situação boa.
Como você trabalha nesse processo de contratações?
Aí estou com o Paul Breitner (ex-jogador alemão). Técnico aqui tem que chegar e dizer: “Eu gostaria de”. E o clube, com as pessoas envolvidas, vê se consegue ou não. Não tem esse lance de "Eu quero e acabou". Para isso, você precisa ter ideias claras, segui-las e ter coragem para falar as coisas. Hoje não se tem grana, vai haver. Haverá contratações de nome e impacto. Poucas, talvez não no número que todos gostariam. Mas num número que esteja de acordo com a realidade financeira do clube, que nos permita fazer com que ajudem a equipe ser competitiva. A gente tem que ter ideias. Quando estivermos estruturados, poderemos trazer um jogador que não seja badalado e, quando todos olharem, ele já está engolindo, tomando conta. Não vamos queimar jogadores e nem a imagem do clube. Desculpa bater nisso de novo: quem está fora não pense que somos coitadinhos. Estamos passando por uma situação difícil, mas vamos passar com dignidade. Com seriedade. E vamos sair dela, com a luta de todos. Não fiquem os outros querendo empurrar jogadores, plantando notícias de que fulano vem para o Vasco. Enquanto eu não disser que é o jogador tal... a banda nao vai tocar dessa maneira.
paulo autuori e ricardo gomes vasco treino juiz de fora (Foto: Marcelo Sadio / Vasco.com.br)Ricardo Gomes e Autuori trabalham juntos por
reforços (Foto: Marcelo Sadio / Vasco.com.br)
Como é a participação do Ricardo Gomes nesse processo?
Nós conversamos bastante, temos muita convergência de ideias sobre o futebol. Estamos trabalhando em bastante harmonia. Divergências são saudáveis. Deve haver divergências, porque o contraponto é fundamental. Com isso, quem ganha é o Vasco. Vai vir um jogador não porque um gosta, mas porque chegamos à conclusão de que é o melhor para o clube.
O que chamou mais a atenção positivamente e negativamente no Vasco?
Positivamente, me impressionou a maneira como todos aqui, mesmo com atraso de salário, me receberam com um sorriso e sempre predispostos a fazer tudo o que foi pedido. Os jogadores estão se entregando ao máximo nos treinos. Fico muito feliz com isso e espero que se reflita nos jogos. A imagem que se pinta é que isso aqui estava muito pior. Quando tive a oportunidade, fiz questão de agradecer a todos dizendo que eram vitoriosos. O ponto negativo é pensar que um clube como o Vasco não teve condições de ter um lugar próprio para treinamentos. Só que isso não é um problema só do Vasco. Hoje o Vasco tem o orgulho de dizer que é o unico clube grande do Rio a ter um estádio. Porque no fundo é o seguinte: salário atrasado está acontecendo e tem que acabar, esse histórico tem que acabar. Mas o clube foi campeão em 2011, bateu recorde de permanência no G-4 e chegou à final da Taça Guanabara neste ano. Depois foi mal, por fatores que têm a ver com a situação financeira. O Gaúcho fez um excelente trabalho. Escuto as pessoas criticando o Vasco, que falta isso e aquilo. Mas espera aí: o Vasco é o único que tem estádio. E, se tem estádio, tem alguma coisa. Pode dizer: é meu, eu jogo aqui. É algo positivo. Tem que bater no peito e dizer isso com orgulho.

Vasco aprova projeto, e 'Campanha dos 100 mil' será divulgada pelo clube Diretoria pretende criar incentivos para quem depois migrar para programa de sócios. Outra campanha já recolhe dinheiro de vascaínos

Por Raphael Zarko Rio de Janeiro
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Ainda sem nova previsão para lançamento do programa de sócios, que o presidente Roberto Dinamite promete ser o carro-chefe de sua gestão, projetos tocados por torcedores vascaínos tentam tirar o Vasco do atoleiro financeiro atual. Em reunião na noite desta terça-feira, o diretor geral Cristiano Koehler aprovou a “Campanha dos 100 mil”. Lançado dia 21 de abril, o projeto, em menos de 20 dias, já ganhou 19 mil assinaturas de vascaínos de todo país. No encontro, Koehler e o diretor jurídico Gustavo Pinheiro discutiram como aproveitar as doações, que serão usadas para viabilizar objetivos determinados pela direção do Vasco.
Ainda faltam ajustes, mas a “Campanha dos 100 mil” nasce desvinculada do programa de sócios. A estimativa dos organizadores é arrecadar até R$ 2 milhões por mês - caso se atinja os 100 mil cadastrados, pois a cota mínima é de R$ 20. Não há limite para cotas compradas nem obrigação legal de pagar mais de um mês. A renda será 100% entregue ao Vasco, garantem os idealizadores do projeto, o publicitário Thiago Lima e o webdesigner Rogério Filho. Este último já havia lançado o projeto Vasco Kids, um quiz para crianças que contou com a participação do ex-goleiro do Vasco Fernando Prass, mas que não foi levado à frente pelo marketing do clube.
campanha Vasco torcida 100 mil (Foto: Reprodução)Site da 'Campanha dos 100 mil' conclama vascaínos a ajudar (Foto: Reprodução)
Koehler vê a iniciativa como positiva para o Vasco. Acredita que a “Campanha dos 100 mil” vai funcionar melhor diante de objetivos que serão estabelecidos pelo clube. O diretor ressalta que há intenção de unificar a campanha oriunda da torcida com o plano de sócios. O clube estuda incentivar quem contribuir nos “100 mil” a migrar para se associar ao clube.
- Ainda estamos trabalhando para ver como isso vai funcionar. Uma coisa é o esquema de crowndfunding (financiamento coletivo), uma ferramenta que o clube quer usar, e o outro é o programa de sócios. A campanha vai ser um input (estímulo) para a captação de recursos do Vasco. Se aqueles que participarem do crowndfunding quiserem continuar no programa de sócios, continuam - diz Koehler, citando como possíveis objetivos de mobilização dos vascaínos o pagamento de dívidas, que é a proposta original da campanha, a construção do centro de treinamento, um museu do Vasco, entre outras coisas.
A campanha vai ser um input (estímulo) para a captação de recursos"
Cristiano Koehler
Autores de outras campanhas, como “Não se vende Dedé” e “Clássicos em São Januário”, os idealizadores da “Campanha dos 100 mil” dizem ter se inspirado em outras manifestações dos vascaínos em sua história. A mais famosa, justamente de nome “Campanha dos 10 mil”, diz respeito às doações para a construção de São Januário.
- Tivemos duas reuniões, deixamos bem claro que não temos nenhum interesse político, nada parecido. Só achamos que o torcedor quer saber que o dinheiro que ele vai dar para o Vasco vai ser diretamente investido no Vasco - afirma Thiago Lima.
O clube deve ajudar integralmente na divulgação do projeto, inclusive com uma entrevista coletiva e divulgação por todos canais de comunicação do Vasco, entre e-mails, site, Twitter, Facebook etc. Os organizadores vão renovar o site (http://www.campanhadoscemmil.com.br), fechar o regulgamento e fazer o lançamento até o início de junho.
- Não pode demorar mais que isso, senão perde o impulso - diz Lima.
A meta inicial do projeto era que as doações fossem exclusivamente para pagamento de dívidas em fase de execução, mas a ideia também é viabilizar o Centro de Memória, que não saiu do papel e será colocado primeiro andar da loja da Penalty. Uma comissão independente do clube vai gerir a receita.
Outra iniciativa
Um outro projeto, que também tem principal viés no pagamento de dívidas do Vasco com as esferas governamentais, já começou a arrecadar dinheiro para quitar atrasados do clube com a Receita Federal. O torcedor vascaíno pagaria diretamente à Receita Federal, através de um Documento de Arrecadação de Receitas Federais (DARF). No site www.vascodividazero.com.br já há registro de mais de R$ 6 mil em pagamentos. Cristiano Koehler disse que ainda não conhece os organizadores de mais essa campanha de contribuição ao Vasco.

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Vasco calibra a pontaria em treino no estádio de Juiz de Fora

Por Gustavo Rotstein Juiz de Fora, MG
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O Vasco realizou na tarde desta quarta-feira seu primeiro treino tático em Juiz de Fora. O técnico Paulo Autuori comandou a atividade no Estádio Municipal Radialista Mário Helênio. O local será o mesmo do amistoso contra o Tupi, neste sábado, às 16h.
Treino Vasco Juiz de Fora (Foto: Gustavo Rotstein)Sob o olha da torcida mineira, Vasco treina no Estádio Municipal de Juiz de Fora (Foto: Gustavo Rotstein)
Cerca de 150 torcedores estiveram no estádio para dar apoio à equipe, que na parte da manhã treinou na Universidade Federal de Juiz de Fora. Paulo Autuori dividiu a equipe para trabalhar o passe e a marcação. Em seguida, os grupos praticaram as finalizações.
A equipe volta a treinar em dois períodos nesta quinta-feira - na universidade e no estádio municipal. No entanto, a atividade do período da parte será fechada ao público.

domingo, 5 de maio de 2013

Índice de gratuidades e meia-entrada afeta renda dos grandes do Rio

Por Jorge Natan Rio de Janeiro
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A baixa presença de público nas partidas do Campeonato Carioca, impulsionada pela interdição do Engenhão, chamou a atenção neste ano. Mas os pequenos valores arrecadados com bilheteria preocupam ainda mais. Isso porque o Rio de Janeiro é um dos centros do futebol brasileiro que mais sofrem com a quantidade de meias-entradas e gratuidades em estádios, sendo os pagantes de inteira uma minoria nas partidas dos quatro grandes, segundo levantamento do GLOBOESPORTE.COM.
Em média, a cada jogo de Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco neste estadual, 41% do público pagaram meia-entrada, enquanto outros 27% entraram no estádio de graça. Sendo assim, apenas 32% do público presente em cada partida desembolsaram o valor inteiro do ingresso. Entre os quatro, o Flamengo é o que tem maior índice de meia-entrada, representando 48% de sua torcida. Já o Fluminense é o que mais sofre com as gratuidades, que representam 33% de seu público - o Vasco fica perto, com 29%.
Info_TORCIDAS-ESTADIOS-03 (Foto: Infoesporte)
Os números são ainda mais impressionantes se comparados com os de São Paulo. Enquanto a meia-entrada significa, em média, 55% dos ingressos vendidos pelos grandes do Rio de Janeiro, Corinthians, Palmeiras, Santos e São Paulo têm média de 29% de meia-entrada em seus públicos pagantes.
Para o diretor-executivo do Botafogo, Sergio Landau, a lei da meia-entrada no Rio de Janeiro é muito permissiva. O dirigente afirma que uma solução seria restringir a venda com desconto a alguns postos de venda, para que o controle fosse maior sobre as carteirinhas de estudantes, e apenas até a véspera da partida.
- Sabe o que é vender meia-entrada no dia do jogo? É inviável. Eles inviabilizam. Vamos liberar só 10% para estudante, que tal?. Acabou, acabou. O Rio é prejudicado porque as regras são favoráveis ao uso da meia-entrada. O Ministério Público é sempre radical. Na Internet eu gostaria de não vender meia-entrada, mas o MP diz que tem que vender. Aqui o cara manda vender em tudo que é lugar, não tem limite nenhum. Criam dificuldades pra mim. A mesma coisa é a gratuidade. O Rio é o mais radical para os clubes. Não tem limite - critica o diretor.
Aqui o cara manda vender em tudo que é lugar, não tem limite nenhum. Criam dificuldades pra mim. A mesma coisa é a gratuidade. O Rio é o mais radical para os clubes
Sergio Landau, diretor-executivo do Botafogo
No Rio de Janeiro, têm direito à meia-entrada estudantes (do ensino fundamental ao superior), professores da rede pública municipal e menores de 21 anos. Em todo o Brasil, estudantes e idosos também pagam ingresso com 50% de desconto, enquanto os menores de 21 só têm esse direito em Belo Horizonte. Em Porto Alegre, por exemplo, a meia-entrada só vale para arquibancadas inferiores e para apenas metade dos ingressos desses setores.
Gratuidades também têm alto índice
Além da meia-entrada, outra questão que faz com que a renda das bilheterias seja baixa são as gratuidades. Em média, os jogos que têm clubes grandes como mandantes tiveram 26% de público não pagante. Um dos clubes que têm maior índice de gratuidades, o Vasco conta com muitos convidados em suas partidas, segundo o vice-presidente de patrimônio cruz-maltino, Manoel Barbosa.
- O presidente é deputado (estadual), tem uns amigos que entram como convidados. Entra tudo como gratuidade. Alguns conselheiros ganham dois ingressos. Eu, como vice, ganho cinco. Entra tudo como gratuidade. Mas parece que agora no Campeonato Brasileiro o presidente quer acabar com alguns convidados. Ele quer diminuir esse número - afirma o dirigente.
Chama a atenção que o índice de gratuidades em São Januário é muito maior do que o das partidas realizadas em outros estádios. Na partida contra o Friburguense, no dia 7 de abril, foram nada menos que 70,4% de gratuidades: 1299 não-pagantes contra apenas 546 pagantes, gerando renda de R$ 10,3 mil. Como os custos da partida foram de quase R$ 56 mil, o prejuízo vascaíno naquele jogo ficou perto de R$ 45,7 mil. Manoel Barbosa explicou que os números chamativos têm origem no fato de que os ingressos para convidados foram distribuídos para que o estádio não ficasse completamente vazio, diante dos protestos da torcida para que os torcedores não entrassem.
- O que nós fizemos foi colocar público para dentro para que eles não achassem que conseguiram deixar o estádio vazio.
São Januário vazio jogo Vasco x Quissamã (Foto: Gustavo Rotstein)O estádio de São Januário quase vazio para Vasco x Quissamã (Foto: Gustavo Rotstein)
As gratuidades também são motivo de irritação para Sergio Landau. De acordo com o dirigente alvinegro, idosos acima de 60 anos e deficientes físicos não têm as mesmas vantagens em nenhum outro estabelecimento.
- Meu produto é futebol, eu pago o salário do Seedorf, o Fluminense paga o do Deco, que são os artistas do espetáculo. Aí o cara entra lá de graça. Então, amanhã eu vou no supermercado e, como eu tenho 60 anos, vou levar o frango de graça. Não é dada a carne para o cara de 60 anos. Não é dado o sabonete para o cara de 60 anos. Porque o negócio do supermercado é vender carne, frango, sabonete. Nenhuma outra área faz isso. Aí você diz que o ônibus é de graça, mas ele é ressarcido. Na economia, isso só acontece no futebol. É uma verdadeira loucura. O cara faz política em cima de mim, da minha economia. Quando diminui a frequência, a gratuidade não diminui. Se tenho 30 mil pessoas, tenho cinco mil gratuitos. Se tenho 10 mil, tenho cinco mil gratuitos. Eu quero pagar minhas contas. Se o governo quer fazer um trabalho bonito, que ele pague. Eu não quero pagar.
Gerente de arenas do Fluminense, Carlos Eduardo Moura alega que o Tricolor vem tomando providências para que tanto a meia-entrada como as gratuidades tenham menor incidência.
- Nos jogos realizados no Rio de Janeiro, onde temos gestão parcial da operação, fazemos uma fiscalização rigorosa tanto de gratuidades por lei quanto de comprovação de meia-entrada. Tanto que reduzimos, de 2011 para cá, nossa média de venda de meia-entrada de cerca de 60% para cerca de 38%. Recentemente, nós também cortamos os ingressos de cortesia para maior parte de nossa diretoria, concentrando apenas as concessões desses ingressos no departamento de futebol, patrocinadores das competições que participamos, e os previstos em contratos com parceiros oficiais do clube, além daqueles para relacionamento da Ferj, a pedido da entidade, como a administradora do futebol profissional no nosso estado - diz.
Para compensar, preço dos ingressos aumenta
Como os pagantes de inteira são minoria nas partidas, os clubes acabam por aumentar o preço dos ingressos, para que a meia-entrada não seja tão prejudicial e para que os pagantes de inteira compensem o restante do público.
- A primeira solução é ajustar o preço. Se a gente se reúne hoje, fala: "Qual é o preço?". E aí calcula de cima pra baixo. A inteira vai custar um preço para financiar a meia. Os ingressos são caros por causa da meia-entrada. Meia-entrada virou um negócio - reclama Landau.
Carlos Eduardo Moura, por sua vez, diz que o Fluminense procura baratear os ingressos sempre que possível.
- Procuramos sempre reservar um setor para nossa ala da torcida mais popular quando a conjuntura favorece, mas como sempre temos o custo de aluguel e descontos de receita bruta das mais diversas fontes, isso complica muito, mas mesmo assim buscamos equacionar essa balança.

sábado, 4 de maio de 2013

Vasco adia viagem para Juiz de Fora e treina no início da semana no Rio

Por Raphael Zarko Rio de Janeiro
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Depois de antecipar o amistoso marcado inicialmente para domingo - que será realizado no sábado, contra o Tupi -, a comissão técnica do Vasco mudou novamente a programação da semana que o clube vai passar em Minas Gerais. A delegação vascaína viaja apenas na terça-feira à tarde para Juiz de Fora, treinando segunda e terça em São Januario.
Segundo a prefeitura de Juiz de Fora, cujo prefeito Bruno Siqueira é torcedor do Vasco, o clube não terá despesas durante a estadia na cidade. A renda da partida de sábado será destinada a pagar os custos da viagem e também será, parte dela, doada para instituição carente local. Além de utilizar o Estádio Municipal Radialista Mário Helênio, o Vasco também vai treinar na Faculdade de Educação Física da Universidade Federal de Juiz de Fora. O campo é um dos cotados para ser centro de treinamento durante os preparativos de seleções na Copa do Mundo de 2014.
Vasco e Tupi se enfrentaram 12 vezes na história. O time carioca venceu oito jogos e empatou quatro, até hoje invicto no confronto. A partida deve ser realizada na tarde de sábado. A ideia é da delegação retornar ao Rio à noite para que todos possam aproveitar o Dia das Mães com suas famílias.
Vasco Campo da Universidade Federal de Juiz de Fora (Foto: Divulgação / UFJF)Campo da Universidade Federal de Juiz de Fora vai abrigar os treinos do Vasco em Minas Gerais
(Foto: Divulgação / UFJF)

Itália e Taiti marcam jogo-treino em São Januário dia 11 de junho

Por Raphael Zarko Rio de Janeiro
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pintura estádio São Januário Copa do Brasil 2011 (Foto: Divulgação / Site Oficial do Vasco)Clube vai receber Itália (Foto: Divulgação / Vasco)
Uma comissão de profissionais da Fifa desembarca em São Januário na manhã da próxima segunda-feira para vistoriar o campo e todas as instalações do estádio do Vasco. Será na Colina Histórica que o os italianos vão treinar durante todo o período da Copa das Confederações e até antes da competição. O Vasco cedeu o estádio a partir do dia 26 de maio para a Fifa, que já confirmou um jogo-treino entre Itália e Haiti para o dia 11 de junho.
A Fifa ainda estuda a possibilidade de permitir a entrada de torcedores para acompanhar a partida internacional - há a chance até de venda de ingressos. A entidade máxima do futebol vai fazer algumas doações ao Vasco, como contrapartida da utilização do estádio. Balizas, aparelhos e barreiras móveis novas estão na lista, que inclui até instalação de bebedouros nos vestiários de São Januário.
Como não vai ter seu campo do dia 26 de maio até o fim da Copa das Confederações, o Vasco vai tentar junto à CBF a antecipação da estreia no Brasileiro. O jogo contra a Portuguesa, marcado para o dia 26, pode passar para 25, sendo assim realizado em São Januário. Mas outras duas partidas, contra Atlético-MG e Bahia, na quarta e quinta rodadas (dias 5 e 8 de junho, respectivamente), devem mesmo ser realizadas fora de São Januário.
No site da CBF, a tabela detalhada coloca como local de jogo "a definir". O Vasco estuda realizar as partidas em Juiz de Fora, para onde viaja esta semana para treinamento, mas também tem convites de mandar esses jogos no estado do Maranhão. No fim do ano passado, o clube havia acertado a pré-temporada em São Luis, mas terminou por escolher a cidade de Pinheiral, no interior do Rio de Janeiro.

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Renato Silva aposta em Luan: 'O próximo Dedé, quem sabe?'

Por Gustavo Rostein Rio de Janeiro
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Com a saída de Dedé, Luan será o novo titular na zaga do Vasco, enquanto não chegarem os reforços para o setor. Renato Silva reconhece que a saída do ídolo foi uma perda importante, mas tem a certeza de que o novato poderá futuramente suprir a lacuna deixada pelo jogador que foi negociado com o Cruzeiro.
- O Luan tem futuro, não foi capitão da seleção de base por acaso. Esperamos que ele possa conquistar o coração da torcida e seja o próximo Dedé, quem sabe?
Luan vasco treino (Foto: Marcelo Sadio / Vasco.com.br)Luan já usou a braçadeira de capitão na base da seleção brasileira (Foto: Marcelo Sadio / Vasco.com.br)
Para Renato Silva, não somente a zaga, mas todo o time será mais equilibrado após os mais de 30 dias de treinos até a estreia no Campeonato Brasileiro. Mesmo ainda sem contar com reforços, o zagueiro demonstra a confiança de que o Vasco estará com a motivação em alta quando a competição começar.
- O Vasco tem um time forte, com jogadores que passaram por outros grandes clubes. Aqui não tem nenhum coitado. Uma hora o Vasco vai precisar mostrar sua cara, e isso vai acontecer no Brasileiro. Pensamos em coisas boas. Queremos estrear bem, trazendo a torcida para o nosso lado. Esperamos que ela venha aos jogos sabendo que vai ver um time dedicado e buscando as vitórias - destacou o zagueiro.

Ex-craques participam de partida beneficente em Petrópolis, no Rio

Por GLOBOESPORTE.COM Petrópolis, RJ
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Mauro Galvão participa do SporTV News (Foto: Alexandre Sattamini/ SporTV.com)Mauro Galvão estará em campo no domingo (Foto:
Alexandre Sattamini/ SporTV.com)
Domingo é dia de espetáculo para os moradores de Petrópolis, Região Serrana do Rio de Janeiro. Ex-jogadores consagrados do futebol brasileirão vão enfrentar a seleção de masters de Petrópolis para uma partida beneficente. O evento vai arrecadar alimentos para instituições de caridade do município. Em meados de março, um temporal atingiu a cidade e deixou 34 mortos.
A partida vai reunir grandes nomes do futebol profissional brasileiro. Já confirmaram presença os jogadores Maurício, Gonçalves, Elói e Alemão, que se destacaram no Botafogo; Mauro Galvão, Sorato e Vivinho, ex-jogadores do Vasco da Gama; Paulo Vitor, ex-Fluminense; Adílio e Evandro Chaveirinho, ex-Flamengo..

A partida será às 10h15min, no Estádio do Cascatinha (Osório Junior). A entrada será 1 kg de alimento não perecível. Às 09h, a bola rola na preliminar para uma partida entre as escolinhas do Cascatinha e Flamengo.